A pesquisa, publicada recentemente no European Heart Journal, foi realizada pelo Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue, e analisou dados de mais de 11 mil adultos entre 45 e 66 anos que não tinham problemas prévios como diabetes, obesidade ou insuficiência cardíaca, e que estavam dentro do considerado normal para hidratação.
Para compreender a relação entre saúde cardíaca e hidratação, os pesquisadores do estudo observaram os níveis de sódio sérico, substância que aumenta à medida em que os níveis de fluidos do corpo dos pacientes diminui.
Eles consideram normal uma quantidade de 135 a 146 miliequivalentes por litro (mEq/L), e concluíram que o marcador é fundamental para apontar uma propensão a doenças cardíacas.
Após a pesquisa, aqueles pacientes que já estavam com os níveis de sódio sérico em 146 mEq/L, à época em que os dados foram coletados, tiveram risco aumentado de 39% de desenvolver insuficiência cardíaca quando comparados aos adultos com níveis mais baixos.
Da mesma forma que reduzir a ingestão de sal, beber bastante água e manter-se hidratado são maneiras de apoiar nossos corações e podem ajudar a reduzir os riscos de doenças cardíacas a longo prazo.
Mesmo com os resultados, os pesquisadores envolvidos acreditam que um estudo randomizado e controlado ainda é necessário para confirmar as descobertas.
Porém as evidências encontradas até o momento garantem que manter uma boa hidratação ao longo da vida pode retardar o declínio da função cardíaca e diminuir a prevalência de insuficiência cardíaca.
Fonte:
- https://noticias.r7.com/saude/beber-pouca-agua-aumenta-risco-de-insuficiencia-cardiaca-segundo-estudo-18042022