A OMS publicou um novo marco de ação visando o desenvolvimento das políticas públicas de aquisição e disponibilização de alimentos saudáveis nos estabelecimentos públicos, como escolas, creches e espaços similares. Um passo importante na busca por uma alimentação saudável e sustentável a nível local e global.
Um problema urgente
Segundo o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), menos de 1 em cada 10 adultos e adolescentes dos EUA consome a quantidade adequada de frutas e vegetais na sua dieta. No Brasil, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 feita pelo IBGE, o consumo excessivo de açúcares foi observado em 61% da população.
Esses hábitos alimentares são extremamente prejudiciais a longo prazo. Uma dieta mal balanceada e com excessos de sódio, gorduras e/ou açúcares está relacionada ao desenvolvimento de doenças como: obesidade, doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer.
O papel dos estabelecimentos públicos
Segundo o novo marco de ação da OMS, os estabelecimentos públicos têm um papel importante na promoção de uma dieta equilibrada e sustentável, pois atendem toda a sociedade e muitos grupos vulneráveis. Essas instituições, portanto, podem servir de exemplo para toda a comunidade na implementação de hábitos alimentares saudáveis.
Por isso, a preocupação da OMS no desenvolvimento de diretrizes para a aquisição e disponibilização de alimentos saudáveis nesses espaços. De acordo com o documento elaborado pela organização internacional, o foco dos estabelecimentos públicos deve estar em:
● limitar a quantidade de sódio nas refeições servidas e garantir que o sal utilizado seja iodado;
● diminuir a quantidade de açúcares nas refeições;
● evitar as gorduras saturadas, preferindo sempre as gorduras insaturadas;
● eliminar o uso de gorduras trans nos pratos servidos;
● servir alimentos mais naturais compostos por legumes, grãos e verduras.
Fora as medidas já apresentadas no documento da OMS, em setembro deste ano ocorrerá a Cúpula de Sistemas Alimentares 2021. Esse evento deseja apresentar alternativas mais sustentáveis de se produzir e consumir alimentos.
O Brasil já implementou medidas recomendadas pela OMS
O nosso país já implementou certas medidas que se adequam às diretrizes de promoção da alimentação saudável da OMS. Um exemplo é o Programa Nacional de Alimentação Escolar, responsável por oferecer alimentação escolar e ações de educação alimentar na rede básica pública de ensino do país.
Segundo as diretrizes do PNAE, 30% do orçamento destinado para a compra dos ingredientes deve ser utilizado para a compra de alimentos advindos da agricultura familiar. O PNAE também requisita que a maior parte dos pratos sejam feitos com ingredientes naturais e pouco processados. Nesse caso, o Brasil já deu um passo importante para a promoção da alimentação saudável.
Concluindo
As diretrizes expostas no documento da OMS são caminhos para que os governos locais implementem a alimentação saudável e sustentável nos estabelecimentos públicos. Pois devido a importância desses espaços, que atendem a comunidade de uma maneira geral e grupos vulneráveis, eles podem servir de exemplo na inserção de hábitos alimentares saudáveis na rotina da população.
Se você gostou deste conteúdo e deseja manter-se informado sobre outros assuntos relacionados, siga o nosso perfil no Twitter e continue atualizando-se!
Fonte:
- https://www.cdc.gov/chronicdisease/resources/publications/factsheets/nutrition.htm
- https://www.asbran.org.br/noticias/pesquisa-revela-baixo-teor-de-nutrientes-na-alimentacao-do-brasileiro#:~:text=O%20brasileiro%20combina%20uma%20dieta,de%20frutas%2C%20verduras%20e%20legumes.
- https://www.paho.org/pt/noticias/20-1-2021-oms-chama-governos-promoverem-alimentos-saudaveis-em-instituicoes-publicas